O iCities, empresa pioneira em cidades inteligentes, anuncia sete tendências que devem moldar a transformação urbana em 2025. Para a empresa, que lidera discussões sobre o futuro das cidades há mais de uma década, 2025 será um ano importante na evolução de iniciativas que envolvem integração de tecnologia, sustentabilidade e soluções centradas no ser humano.
A rede de especialistas do iCities comenta as tendências e destaca os avanços nos setores de governança, eletromobilidade, construção civil, agricultura regenerativa, energias renováveis e mudanças climáticas. Outras novidades para o futuro das cidades serão apresentados na sexta edição do Smart City Expo Curitiba, evento promovido pelo iCities com a chancela da Fira Barcelona, entre os dias 25 e 27 de março na capital paranense.
01. Governança: tecnologia em benefício da transparência, inclusão e eficiência na gestão pública
A governança em 2025 será guiada pela busca por maior transparência, participação cidadã e eficiência na gestão pública. Nesse processo, a tecnologia torna-se uma aliada. Beto Marcelino, sócio-fundador do iCities, explica que a Inteligência Artificial Generativa está transformando a tomada de decisões, proporcionando agilidade e assertividade nos serviços. “A tecnologia, além de acelerar os processos de gestão, impactando em transparência e agilidade, democratiza também o acesso às soluções para a população, permitindo que as cidades se tornem espaços mais democráticos e conectados”, explica o executivo.
Segundo o estudo da Associação Brasileira de Cidades Inteligentes (ABCI), 62% dos municípios brasileiros planejam implementar soluções de IA até 2025 para otimizar serviços públicos e reduzir custos operacionais.
02. Construção civil: prédios sustentáveis e integrados à natureza
Neste ano, o Brasil deve seguir entre os 10 países com mais construções sustentáveis no mundo. Funcionalidade e sustentabilidade irão fazer parte da construção civil nas cidades, a partir da busca de espaços biofílicos e mais acolhedores. Desde a pandemia de 2020, a valorização de ambientes que integrem natureza, eficiência energética e conforto tem sido crescente. “Nesse sentido há oportunidade para desenvolvimento de novos materiais ecológicos, reaproveitamento de água, painéis solares e processos construtivos ágeis, por exemplo”, pontua Eduardo Marques, sócio-fundador do iCities.
03. Agricultura Regenerativa: produzir mais, impactar menos
No Brasil, 22% dos municípios têm a agricultura como principal atividade econômica, segundo o IBGE. Diante desse cenário, a agricultura regenerativa surge com o intuito de minimizar as emissões de gases de efeito estufa no meio agrícola, prevenindo desastres naturais e combatendo as mudanças climáticas com uma abordagem sustentável.
Pedro Magalhães, executivo de contas da AgMatix e responsável pela curadoria de conteúdo do Palco Agro Stage do Smart City Expo Curitiba 2025, explica que os investimentos em novas estratégias e tecnologias, por parte de grandes empresas do segmento de alimentação, estão crescendo e programas relacionados ao tema são uma forte tendência para este ano.
“Temos visto ainda alguns exemplos do sistema de produção “Farm to Fork” ou do “Campo à mesa”, termo utilizado no Brasil. São iniciativas que visam conectar a produção agrícola com as cidades, de maneira mais ágil, com menor impacto ambiental e redução de perdas”, acrescenta Pedro.
04. Energias renováveis: transição energética é urgente para a gestão pública
A demanda de energia nas cidades seguirá crescente, e é nesse contexto que a busca por fontes renováveis torna-se urgente. “O avanço da sustentabilidade passa pela transição energética, trazendo impacto para produtividade, mobilidade, qualidade do ar e saúde pública. Seja qual for a fonte de energia limpa, é preciso que os municípios tenham em mente a importância desse processo. A boa notícia é que já existe muita tecnologia para fazer essa jornada acontecer”. É o que pontua Caio de Castro, sócio-fundador do iCities.
O especialista destaca a posição geográfica favorável que o Brasil tem para a geração de energia renovável. “Cidades localizadas em frente ao mar podem utilizar a força do vento para energia eólica, além também da energia hidráulica gerada nas usinas. É possível, ainda, aproveitar o Sol com placas fotovoltaicas, por exemplo. Temos visto que cada vez mais as cidades se preocupam com isso, sendo um caminho sem volta, felizmente”, diz.
05. Eletromobilidade: uma alternativa para o transporte público
O uso de transporte público com menos emissão de CO₂, a busca por biocombustíveis, veículos híbridos e até 100% elétricos são fatores que poderão ser considerados pelas prefeituras brasileiras que enfrentam problemas com mobilidade urbana. “Acredito muito na chegada da eletromobilidade no país. Curitiba vem passando por isso e outras cidades no Brasil também, como São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. Atualmente existe uma grande tendência das prefeituras olharem para os modais de transporte e buscar melhorar urgentemente a qualidade dos meios de locomoção, para que o cidadão possa optar por deixar os carros em casa e utilizar o transporte público em seus deslocamentos. A grande tendência é a chegada de novas políticas públicas com bastante investimento, principalmente para a eletromobilidade com baixo carbono”, explica Beto Marcelino.
06. Mudanças climáticas: planejamento e ação global
Para o iCities, é fundamental as cidades considerarem planos com análises de riscos e mitigação de efeitos das mudanças climáticas. Nesse sentido, a empresa conta com parceiros como a Impactability, responsável pela estratégia de ESG do Smart City Expo Curitiba. Helena Gurgel, head de sustentabilidade da Impactability, aponta que a agenda 2030 segue sendo um norte seguro para as cidades. “A Agenda 2030 da ONU, por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), tem norteado iniciativas públicas e privadas para acelerar o combate às mudanças climáticas em cenário mundial. Esse tema deve estar ainda mais em voga neste ano a partir da busca por soluções inovadoras para os processos e planejamentos. A tecnologia pode ajudar muito esse processo, permitindo que governos e empresas criem cidades mais sustentáveis e inclusivas”, pontua Helena.
07. Bem-estar do cidadão: pessoas inteligentes criam cidades inteligentes
Mais do que soluções tecnológicas, o futuro das cidades inteligentes está na criação de ambientes que promovam o bem-estar. Ana Clara Balieiro, arquiteta e analista de conteúdo e relações estratégicas do iCities, comenta que áreas verdes, espaços públicos que favorecem a interação social e iniciativas para reduzir o estresse urbano são cada vez mais valorizados pelo cidadão. “Em 2025, o design urbano centrado no ser humano será o grande protagonista”, afirma a especialista.
A sexta edição do Smart City Expo Curitiba acontecerá pela primeira vez na Ligga Arena e trará o tema: “Transformando cidades: construindo felicidade”. O público esperado é de 20 mil pessoas no maior evento de cidades inteligentes das Américas. As inscrições podem ser realizadas no site https://smartcityexpocuritiba.com/.